Publicado no blog do Moisés Mendes
Guilherme Boulos empurrou o tucano Bruno Covas não só para a direita da direita, mas para o colo da extrema direita em São Paulo.
O neto de um dos líderes do projeto (que não deu certo) da social-democracia brasileira é hoje parceiro das ideias mais reacionárias produzidas pelo golpe de 2016.
Covas está conversando com toda a extrema direita. A Folha informa hoje que o bispo Edir Macedo foi questionado por um seguidor em rede social sobre em quem votar e respondeu: “Jamais votarei na esquerda, portanto estamos com Covas”.
Isso quer dizer que, se Fernando Henrique Cardoso entrar na campanha no segundo turno, poderá aparecer a qualquer momento ao lado de alguém com a camiseta de Bolsonaro.
O mesmo fenômeno acontece, sem surpresas, em Porto Alegre. O candidato Sebastião Mello, do PMDB, que sempre tentou se posicionar ao centro, mesmo que com mais afinidades com a direita, agora fala no mesmo tom da extrema direita.
Não é só uma questão de apoios, é de discurso mesmo. Tem candidato da direita falando como se fosse bolsonarista desde criancinha.
Bolsonaro, se quisesse, poderia fazer campanha em Porto Alegre com a sua nova turma.
Mas quem vai querer Bolsonaro por perto, depois da lavada que o sujeito levou domingo?