A Polícia Civil investiga o caso do corpo de um jovem de 21 anos, identificado como Gabriel de Souza Araújo, encontrado dentro do Rio Cricaré, no domingo (16), em Nova Venécia, no Norte do Espírito Santo. Familiares acreditam que o garoto sofreu uma execução sumária. Peritos informaram que no corpo havia lesões na cabeça provocadas por ação violenta.
A irmã da vítima, Débora Araújo, contou em entrevista ao “A Parresia” na manhã de hoje (17), que Gabriel era apaixonado pelo movimento social MST e chegou a morar em um assentamento na zona rural da cidade, para estudar de perto a história do movimento.
“Ele era um menino puro, muito bom, pensava sempre nas outras pessoas, em ajudar. Amava estudar, queria estudar biologia. Pode perguntar aos amigos do Ifes, todo mundo gostava dele. Ele gostava de jogar vôlei, era um menino completo. O que fizeram com meu irmão foi uma covardia. A gente quer Justiça”, disse Débora, na entrevista.
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Gabriel era líder em assentamento
De acordo com a irmã, Gabriel exercia um papel de liderança no assentamento. Em setembro de 2021 teve um desentendimento com um integrante do movimento, que o agrediu. O agressor foi expulso, mas Gabriel decidiu se afastar, pois temia pela sua vida.
Logo depois, o garoto foi para um assentamento no Sul da Bahia, onde ficou por dois meses e retornou no dia 04 de janeiro, devido as fortes chuvas que atingiram a região. Desde então, estava morando na casa do pai, no bairro São Cristóvão, em Nova Venécia.
Para Débora, um ponto chamou bastante atenção. Na madrugada de sábado (15), por volta de 1h da manhã, Gabriel conversou com alguém ao telefone. Ao amanhecer, o garoto saiu de casa às 9h e não foi mais visto. A família acredita que ele tenha sido morto no próprio sábado. Outra coisa que chamou a atenção da família, foi a falta dos documentos pessoais que ele não carregava sempre.
A Polícia Civil aguarda os laudos da necropsia que vão indicar se o jovem foi assassinado ou não.
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