Melhor que o libelo de Caetano Veloso sobre o liberalismo e sua descoberta, aos 78 anos, como socialista, foi a reação de Pedro Bial ao ouvir isso.
Aconteceu no programa de sexta, dia 4.
Enquanto Caetano se declarava livre de seu passado “liberalóide”, o entrevistador o ouvia visivelmente incomodado, como se testemunhasse a traição de um companheiro.
“Vou ser mil por cento sincero com você. Quando ouço pessoas como você e outras dizendo: ‘o comunismo e o nazismo são igualmente horríveis, são autoritarismo’…”, começou o baiano.
“Essa equalização das experiências socialistas com o nazismo eu não engulo mais. Não gosto mais. ‘A extrema esquerda é igual à extrema direita’… Não acho mais. Não consigo”.
Bial, num passado remoto e esquecido, foi repórter.
Há muito tempo abandonou o jornalismo para apresentar o lixo “Big Brother” e ganhar dinheiro com propaganda, algo que não lhe era permitido na profissão anterior.
Artista medíocre, arriscava seus versos no BBB e tentou dirigir documentários — todos fracassados.
Atacou Petra Costa de maneira estúpida e ressentida.
A narração dela de “Democracia em Vertigem” era “miada, insuportável”, falou.
É membro do Instituto Millenium, um think tank liberal — na verdade, um clube de suingue sem sexo de homens brancos e velhos.
Ele consta como membro da “Câmara de Fundadores e Curadores”.
Tratou Olavo de Carvalho com toda a deferência quando o entrevistou nos EUA e recebeu muito carinho de volta.
Olavo sabe reconhecer um dos seus.