Segundo Paulo Piilz, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil (DOPE), o sequestro do ex-jogador e ídolo do Corinthians Marcelinho Carioca parece ter sido um crime oportunista.
O caso ocorreu quando Marcelinho saía do evento Tardezinha, promovido por Thiaguinho, na Neo Química Arena, em Itaquera, zona leste de São Paulo, na madrugada do último domingo (17).
“O veículo era chamativo e foi alvo de abordagem. Depois perceberam que era o Marcelinho”, explicou Piilz. O carro do ex-jogador, uma Mercedes-Benz CLA 250, avaliado em R$ 285 mil, foi encontrado abandonado em uma rua de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
Além do sequestro, o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, mencionou que também houve tentativa de extorsão. A família de Marcelinho transferiu R$ 40 mil para os criminosos. “Foi um crime de extorsão. Exigiram e foram realizadas transferências via Pix. A polícia seguiu as pistas dos primeiros suspeitos que receberam as transações”, detalhou.
Autoridades informaram que seis indivíduos foram levados para a delegacia, um deles ouvido como testemunha. Quatro foram detidos em flagrante, enquanto um foi liberado. A polícia está em busca de mais suspeitos e investiga se a ordem partiu de detentos que possam ter orquestrado o crime.
A Polícia Militar, após denúncia anônima sobre um possível cativeiro com um casal, realizou uma busca e encontrou duas mulheres, Marcelinho e Tais Moreira, a companheira que estava com ele no momento da abordagem.
Marcelinho relatou não ter visto os rostos dos sequestradores, pois usava um capuz o tempo todo. Ele afirmou ainda que ouviu o barulho de um helicóptero e comentários dos sequestradores. “Eu escutei os sequestradores dizendo: ‘A casa caiu, a casa caiu. Nós temos que libertar ele (sic)’”, afirmou o ex-jogador.