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Por Pedro Cardoso
O projeto militar de ocupação da máquina administrativa para implementação de um regime monolítico de interesse do nascente empresariado em parceria com o empresariado tradicional já está absolutamente revelado.
A situação era confusa quando eu comecei a falar de política faz já mais de 2 anos.
Agora, já não há confusão.
A pátria foi atacada por quem diz a defender. Cravaram a baioneta no coração da democracia; único regime onde uma nação pode se fazer a si mesma.
O país, sempre timidamente iniciado, ficou reduzido ao que dele pensam os militares e o empresariado. Todas as demais variedades estão sob ameaça de morte.
Apenas o voto poderá, com sorte, nos salvar, tenho dito e repetido.
Por isso pretendo me calar. Já não tenho nada a dizer que já não tenha dito; e mais: outros, profissionais do jornalismo, têm dito mais e melhor do que eu.
Nossas opiniões surgem das informações que nos chegam.
Fazer chegar a informação ao público é trabalho específico, técnico, profissional, portanto.
Nunca me propus a faze-lo. Sites de extrema direita fingem fazer jornalismo quando fazem publicidade. Minha reação diária às mentiras do messianismo militar está muito melhor feita pelo jornalismo profissional.
O que fiz antes foi a tentativa de refazer as bases de um diálogo consequente em resistência a destruição da conversa promovida pelas mentiras do fascismo.
Há muita imprensa profissional disponível; com defeitos mas profissional.
Melhor ela do que o amadorismo aleatório ao qual nenhuma norma vigia.
Falar apenas quando temos o que dizer. No mais do tempo, ouvir.
Tenho vontade apenas de encontrar a constelação de cidades que desenham o brasil.
Tem sido uma alegria ter sido lido e ler os amigos. Fiquemos próximos apesar da distância virtual.