O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou à Polícia Federal que foi xingado de “ladrão” e relatou que seu filho levou tapa de agressor. Em seu depoimento, o magistrado disse que o episódio teve motivação política. A informação é do g1.
Moraes, sua mulher e seus três filhos disseram à PF que a intenção dos agressores era “constranger” sua família. O ministro afirmou que Andréa Munarão os abordou enquanto eles se credenciavam para acessar uma sala VIP do aeroporto de Roma e começou a chamá-lo de “comunista”, “bandido” e “comprado”.
Ele ainda relatou que a mulher usou o celular para gravá-lo dentro da sala VIP e começou a gritar para seus filhos que o ministro havia “fraudado as urnas e roubado as eleições”. Andréa foi alertada de que seria grava e processada se prosseguisse com as ofensas e decidiu chamar o marido, Roberto Mantovani, que estava próximo.
Roberto então começou a agredir a família do magistrado, avançando em direção ao filho de Moraes e chamando-o de “filho de bandido, comunista, ladrão”. O jovem tentou pegar o celular para gravar as agressões e foi neste momento, segundo os depoimentos, que o agressor deu um tapa em seu rosto, derrubando seus óculos.
O empresário foi contido por um estrangeiro que estava no aeroporto e chegou a ir embora, mas retornou à sala posteriormente e continuou gravando a família de Moraes e proferindo ofensas. O magistrado avisou que eles seriam fotografados para processo no Brasil, mas as ofensas continuaram por parte de Roberto Mantovani, Andréa Munarão e do genro do casal, Alex Zanatta.
Moraes decidiu tirar fotos e se retirar da sala com a família. O ministro, sua mulher e seus filhos dizem que as imagens dos circuitos de segurança do Aeroporto Internacional de Roma vão comprovar a versão.