A campanha de Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem (11), em inserção durante o horário gratuito na TV, que seu adversário na corrida presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi o candidato que recebeu maior votação entre os presos do país no primeiro turno das eleições.
A ideia também vem sendo replicada nas redes sociais por apoiadores e políticos aliados do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o senador eleito Sergio Moro (União-PR).
A afirmação teria como fundamento relatórios fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Acontece que a campanha bolsonarista não apresentou um relatório consolidado que contempla todos os votos das urnas instaladas em presídios, o que acaba por distorcer os dados apresentados.
Além disso, no Brasil, somente presos em regime provisório podem votar. Os que tiveram a sentença transitada em julgado perdem esse direito.
Apoiadores de Lula, como o deputado estadual Renato Roseno (PSOL-CE), trataram de explicar que quem já foi sentenciado não vota. “Propaganda de Bolsonaro parte para o desespero e apela para mais fake news, mais desinformação, mais baixaria. Presos não votaram em Lula!”, disse no Twitter. “Uma pessoa com sentença penal transitada em julgado perde seus direitos políticos e não vota. Já os milicianos que apoiam Bolsonaro votam”.
Propaganda de Bolsonaro parte para o desespero e apela para mais fake news, mais desinformação, mais baixaria. Presos não votaram em Lula! Uma pessoa com sentença penal transitada em julgado perde seus direitos políticos e não vota. Já os milicianos que apoiam Bolsonaro votam…
— Renato Roseno (@renatoroseno) October 11, 2022