O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, considera uma vitória de sua gestão a apresentação “à sociedade brasileira” um extenso relatório que revela possíveis irregularidades na gestão de recursos da Operação Lava Jato.
Segundo Salomão, a vitória é que a Lava Jato “será enfim passada a limpo”. “O Brasil inteiro agora conhece os casos, que serão investigados na esfera do CNJ”, disse o corregedor à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Durante sessão deliberativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na terça-feira (16), Salomão apresentou seu voto propondo a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra a juíza Gabriela Hardt.
Salomão ainda defendeu a abertura de um PAD contra o juiz Danilo Pereira Júnior e os desembargadores Thompson Flores e Loraci Flores de Lima, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Na última segunda-feira (15), Hardt foi afastada das funções por supostos atos de burla à ordem processual, violação do código da magistratura e prevaricação. Danilo, Thompson e Loraci também foram afastados de seus cargos.
A decisão precisava ser confirmada pelo plenário do CNJ. Por 8 votos a 7, incluindo do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que comanda o CNJ, o afastamento de Hardt e Danilo foi revogado. Contudo, o afastamento dos desembargadores foi mantido.
A maioria dos membros do CNJ expressou apoio à abertura do PAD, que pode resultar em punições como a aposentadoria compulsória dos magistrados.