Abin Paralela: General Heleno pede para adiar depoimento à PF

Atualizado em 6 de fevereiro de 2024 às 10:22
O general e ex-ministro Augusto Heleno. (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal optou por adiar o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro, sobre as supostas atividades ilegais de espionagem realizadas dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo informações publicadas por Andréia Sadi e Fábio Santos, no G1, o próprio Heleno solicitou o adiamento, embora ainda não tenha sido divulgada uma nova data para o depoimento.

O ex-ministro negou anteriormente seu envolvimento no uso do software First Mile, principal ferramenta da chamada “Abin Paralela”, que operava sob a pasta que ele liderava.

A suspeita é de que, durante o governo Bolsonaro, a Abin tenha utilizado esse software para monitorar, de forma ilegal, autoridades públicas, como governadores e integrantes do Supremo Tribunal Federal.

Ministros do Supremo entrevistados acreditam que a criação de uma ‘Abin paralela’ só seria viável com a aprovação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-chefe do GSI.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem. (Foto: Carolina Antunes)

Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, é próximo da família Bolsonaro e tinha contato direto com o ex-presidente, além de se comunicar frequentemente com Heleno, seu superior hierárquico.

Em declaração recente, Ramagem chegou a mencionar que despachava diretamente com Bolsonaro e Heleno, evidenciando a proximidade entre eles durante o governo.

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