Há mais de dois meses, desde a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as manifestações antidemocráticas foram instauradas no Brasil inteiro.
No entanto, com o silêncio de Bolsonaro e sua provável fuga para os EUA, os acampamentos criados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília (DF) começaram a perder suas forças. Imagens divulgadas nesta quarta-feira (28) mostram as barracas dos golpistas sendo desmontadas.
O número de “patriotas” presentes no Setor Militar Urbano (SMU) em Brasília, se comparado com a quantidade vista há algumas semanas é bem menor, segundo o jornalista Marcus Rodrigues, do site Metrópoles.
Os bolsonaristas começaram a deixar, de fato, o acampamento. Em diversos pontos, onde haviam levantado as suas tendas, agora há somente demarcações, dando sinais de que ali já esteve alguma “construção”. A perturbação dos apoiadores do presidente é visível, ainda mais agora que o ex-capitão está prestes a viajar para os Estados Unidos.
Na tarde de terça (27), os poucos caminhões que ainda restavam próximos ao QG promoveram um “buzinaço”. O som estava sendo usado para atrair a “procissão” de bolsonaristas para a área, que celebraram a ação com palmas e gritos de ordem: “Caminhoneiro, guerreiro, do povo brasileiro”. O último ato, provavelmente.
No entanto, antes disso, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) está articulando com o Exército para “acelerar a desmobilização”. Segundo ele, já foram removidas 40 barracas, e a ideia é que até o dia da posse, 1º de janeiro, haja redução “de forma natural”.
O futuro ministro da Justiça e ex-governador do Maranhão (MA), Flávio Dino (PSB), informou que os acampamentos golpistas dos bolsonaristas ao redor dos quartéis do Exército serão desfeitos. “É hora de pôr fim a isto. É urgente que isto ocorra”, informou.
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