Essa história de que Bolsonaro teria interferido na libertação dos brasileiros prisioneiros de Israel é o que é. É uma bobagem que tem uma função manjada: manter a manezada atuante nas redes sociais.
Os tios do zap têm assunto. Não que eles acreditem que o sujeito cada vez mais perto da cadeia tenha condições de interferir em decisões desse porte. Mas porque é preciso acreditar em alguma coisa.
Um terço dos brasileiros, em todos os níveis da manezada, acredita no que dizem que é pra acreditar. Tem gente que leva a sério que Bolsonaro é amigo dos judeus, inclusive os próprios judeus.
E assim a vida segue, enquanto alguns deles ainda são presos por envolvimento no 8 de janeiro e outros são condenados.
Não há nada, por enquanto, que possa mudar essa postura: um terço dos brasileiros acredita em Bolsonaro porque a índole desse um terço tem vínculos com o ultraconservadorismo ou com o fascismo mesmo.
Bolsonaro só expôs a verdadeira face desse contingente de brasileiros. Eles não existem por causa de Bolsonaro.
É o contrário: Bolsonaro só existe como força política porque um terço dos brasileiros sustentou suas ideias, seus crimes e seus desatinos.
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OPORTUNISMO
A Folha manteve na capa da versão online, de sábado até a noite de domingo, um texto devastador sobre Eduardo Leite.
O jornal conclui que, ao se declarar gay no ano passado, o sujeito tentou uma jogada política que não deu certo.
A reportagem é terrível para a imagem do tucano. A Folha conta que “sobrevivem discussões sobre um eventual cálculo do gaúcho, com menções a oportunismo, jogada eleitoreira e desespero por visibilidade”.
São especulações, diz o jornal, feitas por integrantes do PSDB quando falam sob anonimato. Com uma ressalva: ”Publicamente, só elogios”.
A Folha também informa que “o governador passou a ser cobrado a apresentar uma lista de serviços à causa LGBTQIA+, que era tímida”.
Não há serviço nenhum. Leite é um gay com foco nele mesmo, é um gay autorreferente, sem nada que o destaque como uma voz forte em defesa da comunidade da qual faz parte.
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SOBROU O REAÇA
Mario Vargas Llosa assinou manifesto de apoio à candidatura do fascista argentino Javier Milei.
Não há surpresa nenhuma, porque sua posição política de ‘liberal’ latino-americano está alinhada há muito tempo com a extrema direita.
E há muitos anos a literatura de Llosa é uma porcaria, com alguns livros medíocres claramente escritos como caça-níqueis.
Nem o narrador genial que ganhou o Nobel (quando já produzia coisa ruim) existe mais. Sobrou o ativista político que corteja fascistas como esse Milei.
Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes
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