O depoimento do advogado Tacla Duran à 13ª Vara Federal de Curitiba foi interrompido após acusação de extorsão contra Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Advogando em causa própria, ele foi ouvido pelo juiz Eduardo Appio, que encerrou a oitiva após acusação de que o Ministério Público Federal estaria fazendo “bullying processual”.
“Diante da notícia crime de extorsão, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, Deputado Deltan Dalagnol e o Senador Sério Moro, bem como as pessoas do advogado Zocolotto e do dito cabo eleitoral Fabio Aguayo, encerro a presente audiência para evitar futuro impedimento, sendo certa a competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, já tendo despachado nos presentes autos”, escreveu o magistrado no termo de audiência.
Acusado de lavagem de dinheiro e envolvimento com a Odebrecht pela Lava Jato, ele afirmou que Deltan Dallagnol “e outros procuradores” tentam persegui-lo no exterior.
“Eu não sei o que o MPF quer, além de me perseguir. Que é o que aconteceu aqui por anos. Se é o caso de tocar ação penal, nós vamos defender, vamos fazer. O que estava acontecendo não era um processo normal, era um bullying processual, onde me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países, por uma simples questão de vingança, por eu não ter aceito ser extorquido”, afirmou durante a oitiva.
Após a declaração, o magistrado disse que a acusação contra Moro e Deltan não era de “sua alçada”, já que o primeiro é senador e o segundo, deputado federal. Ambos possuem foro por prerrogativa de função. “A questão de prerrogativa de foto começa a fugir um pouco da minha alçada”, afirmou Appio.
Veja:
https://youtu.be/HkySz5FFTqc