Acusada de antissemitismo, Gleisi diz que Conib não aceita críticas a Netanyahu e Israel

Atualizado em 2 de janeiro de 2024 às 15:06
A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A presidente nacional do PT e deputada Gleisi Hoffmann foi acusada de preconceito e antissemitismo pela Conib (Confederação Israelita do Brasil) e rebateu a declaração nas redes sociais. Pelo X (ex-Twitter), ela disse que a entidade “não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel”.

A confederação fez a acusação contra Gleisi após ela defender o jornalista Breno Altman, do Opera Mundi, alvo de ação da Conib na Justiça. A presidente do PT afirmou que ele sofre “perseguição” da confederação por seu “firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”.

“A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) repudia os comentários da presidente do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffman (…) A Deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à CONIB, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação”, diz a entidade em nota.

O jornalista Breno Altman foi censurado pela Conib. Foto: reprodução

Para Gleisi, o comunicado mostra que a Conib não aceita críticas ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e nega ter feito qualquer declaração ou tido uma atitude antissemita.

“É a prova de que esta entidade não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel, venham de onde vierem. Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões”, diz a deputada.

Ela afirma que suas críticas são ao “massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia”. “Há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio”, prossegue.

Gleisi repete que o jornalista está sendo “perseguido” por criticar manifestações da Conib e diz que não vai se calar diante da pressão da entidade.

“Defendemos também o direito de expressão do jornalista Breno Altman, que é perseguido por criticar as posições da Conib. Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos nos calar diante das pressões indevidas desta entidade. O nome do nosso país é Brasil e aqui todos podem viver livres de preconceitos e imposições”, completa.

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