Já escrevi sobre a rotina de Carlos Bolsonaro. Lembrei do vereador carioca agora que ele está às voltas com a denúncia de manter funcionários fantasmas em seu gabinete.
Na época da minha apuração, o filho do presidente tinha sido citado nas investigações do assassinato de Marielle e do motorista Ânderson – Carluxo desapareceu com um computador.
Fui saber como era a sua rotina na câmara.
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Para começar: Carluxo não aceita nada do que lhe é oferecido. Agua e café nem pensar.
Elevador? Esquece. Ele sobe e desce os andares pela escada.
Regras também não segue: dane-se que o regimento interno da câmara proíbe gente armada no plenário. O vereador que mora no Palácio do Planalto não descola de 2 guarda-costas fortemente maquinados.
Agora Carlos Bolsonaro está de novo às voltas com a Justiça.
O TJ do Rio de Janeiro determinou a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal na investigação que apura a contratação de funcionários “fantasmas” no gabinete do parlamentar.
Os fantasmas de Carluxo
Além dele, 26 pessoas e sete empresas também tiveram os sigilos quebrados.
Segundo a denúncia, o gabinete do vereador pagou R$ 7 milhões a funcionários suspeitos de serem ‘fantasmas’.
A depender do que o DCM apurou na época em que o nome do filho do presidente foi envolvido no crime de Marielle, tem muito coelho nesse mato da ‘rachadinha’.
O gabinete do parlamentar na câmara de vereadores nunca ficou um minuto com a porta aberta.
Se alguém trabalhava trancado por lá não era de conhecimento dos demais funcionários da casa legislativa.
O deputado Marcelo Freixo falou sobre Carluxo e como ele chegou até aqui.
‘Ele aprendeu com o pai’.
Tudo o que Carluxo sabe sobre funcionários fantasmas ele aprendeu com o pai.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) September 1, 2021