Luciana Pires, que é advogada do senador Flávio Bolsoanaro, participou da recém-anulada acusação do ex-presidente da Fecomércio do Rio de Janeiro Orlando Diniz e, agora, prestará depoimento a favor de procuradores lavajatistas no Conselho Nacional do Ministério Público.
Ela vem trabalhando para ser indicada para ocupar a vaga no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro deixada por Vitor Marcelo Aranha Afonso Rodrigues, que sairá da corte para ser desembargador do Tribunal de Justiça fluminense.
No entanto, integrantes dos tribunais avaliam que a advogada não tem currículo para assumir a vaga e dificilmente será nomeada a tempo de atuar nas eleições. O novo membro do TRE-RJ será escolhido por Jair Bolsonaro.
Juntamente com sua sócia Juliana Bierrenbach, Luciana foi realocada como testemunha de defesa dos procuradores lavajatistas do Rio em procedimento no CNMP no qual investiga desvios funcionais deles na ação contra advogados por sua atuação com a Fecomércio do Rio e entidades do Sistema S. A advogada representou o ex-presidente da Fecomércio do Rio Orlando Diniz na celebração.
Diniz foi preso duas vezes por suposto desvio de verbas entre 2007 e 2011, e também tentou por mais de dois anos emplacar sua delação. No entanto, só conseguiu depois que concordou em acusar advogados que estavam na mira da investigação por defender clientes acusados de corrupção. Em troca, Diniz ganhou a liberdade e o direito de ficar com cerca de US$ 250 mil depositados no exterior, de acordo com o MPF do Rio.