Luciana Pires, uma das advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas, recomendou uma abordagem “processual” em vez de refutar as provas.
A declaração ocorreu durante uma reunião gravada entre ela, a advogada Juliana Bierrenbach, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
“O caminho tem que ser processual, tá? Materialmente é muito ruim. A história é ruim”, disse. “Entrar no mérito se fez, não fez, entendeu? Não é bom”, acrescentou a advogada.
A gravação faz parte do inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga o uso da Abin para espionar ilegalmente desafetos de Bolsonaro durante a gestão de Ramagem. O sigilo do áudio foi derrubado nesta segunda-feira (15) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) arquivou o caso das rachadinhas devido ao foro privilegiado de Flávio, sem análise substancial das provas coletadas. Posteriormente, o STF manteve o foro e anulou todas as evidências da investigação.