Advogada vítima em queda de avião moveu mais de 90 ações contra aéreas

Atualizado em 10 de agosto de 2024 às 15:21
Laiana Vasatta. Foto: Divulgação

Laiana Vasatta, uma advogada de 34 anos especialista em ações judiciais contra companhias aéreas, tinha uma carreira dedicada à defesa dos direitos dos consumidores no setor aéreo. Ela foi uma das vítimas fatais do acidente que chocou o Brasil.

Ela atuou em pelo menos 90 processos judiciais contra companhias aéreas, tanto nacionais quanto internacionais, conforme levantamento do UOL em parceria com o Jusbrasil. Ela era sócia do escritório Demski & Vasatta, e além de sua carreira na advocacia, também investia no ramo da moda, sendo co-proprietária de uma marca de roupas.

No campo pessoal, Laiana estava noiva de Fábio Bigolin e era filha de Jaime Vasatta, um pré-candidato a vereador de Cascavel, cidade de onde partiu o voo. Além de sua atuação jurídica, ela utilizava suas redes sociais para oferecer dicas e orientações sobre direitos dos passageiros, ajudando seus seguidores a entender como proceder em situações problemáticas com companhias aéreas.

Em sua conta no Instagram, a advogada frequentemente respondia a perguntas sobre sua carreira e relatava os desafios que enfrentava como mulher na profissão. Em depoimentos, ela contou que já teve que lidar com atitudes inadequadas de colegas de profissão, mas sempre se impôs e buscou qualificação para superar esses obstáculos.

Destroços do avião que caiu em Vinhedo (SP). Foto: Reprodução

A aeronave, do modelo ATR 72 e operada pela VoePass Linhas Aéreas, decolou de Cascavel (PR) às 11h50, com previsão de pouso em Guarulhos (SP) às 13h45. No entanto, às 13h25, a tragédia aconteceu: o avião caiu em um terreno dentro de um condomínio em Vinhedo, provocando um incêndio no local. Todos os 62 ocupantes, incluindo 58 passageiros e quatro tripulantes, morreram.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou as mortes, assim como a prefeitura de Valinhos, que ajudou nas operações de resgate. Os corpos das vítimas serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde passarão por perícia.

O deslocamento será realizado com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual, dado que os serviços especializados em antropologia e odontologia legal da capital paulista são considerados mais adequados para atender ao caso.

A VoePass, em comunicado, afirmou que a aeronave estava “sem nenhuma restrição operacional” e que todos os sistemas estavam aptos para o voo. A empresa garantiu estar colaborando com as investigações e prestando apoio às famílias das vítimas. Sete equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local do acidente.

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