A defesa de Élcio Queiroz anunciou que não vai mais atuar no caso e disse ter sido surpreendida pela decisão de fazer delação premiada. O advogado João Henrique Santana Telles disse que “desconhecia completamente” a intenção de seu cliente e que soube do acordo por meio da imprensa.
Os advogados do ex-policial militar disseram que não concordavam com a delação e que Élcio rompeu a relação ao optar pelo acordo. Em nota, o escritório Santana & Telles Advogados anunciou que “apresenta a sua renúncia ao patrocínio da defesa técnica firmada pelo defendente”.
“A relação fiduciária estabelecida com o Sr. Élcio Vieira de Queiroz, foi ferida de morte, rompida de modo unilateral pelo Réu, inviabilizando assim a manutenção na defesa técnica, bem como dos poderes que lhe foram outorgados no instrumento mandatário”, diz a nota.
O ex-PM apresentou uma série de detalhes sobre a data do assassinato, confessou ter dirigido o carro usado durante o atentado e disse que Ronnie Lessa foi o autor dos disparos. Preso desde 2019, Élcio disse que a arma usada no crime é uma metralhadora MP5, que pertencia ao Bope e “foi extraviada”, e que recebeu R$ 1 mil após o episódio.
Ele ainda revelou que foi para a casa da mãe de Lessa após o crime e que o autor dos disparos já havia tentado matar Marielle no ano anterior, mas fracassou.