Entidades do agronegócio publicaram, nesta segunda (30), um manifesto pela democracia. O texto pede a “liberdade para empreender, gerar, compartilhar riqueza, contratar e comercializar, no Brasil e no exterior”.
A carta defende também estado democrático de direito. “É o estado democrático de direito que nos assegura essa liberdade empreendedora essencial numa economia capitalista”.
O texto foi divulgado após a Fiesp decidir adiar a publicação de um manifesto que pediria a pacificação entre os três Poderes. Os representantes haviam cancelado a publicação da carta, mas decidiram rever o posicionamento por considerarem a atitude da Fiesp uma “vergonha”.
O documento diz que as amplas cadeias produtivas e setores econômicos representados por essas entidades precisam de estabilidade, segurança jurídica e harmonia para poder trabalhar. As entidades dizem que estão preocupadas com os atuais desafios à harmonia político-institucional e à estabilidade econômica e social do País.
“Em nome de nossos setores, cumprimos o dever de nos juntar a muitas outras vozes, num chamamento a que nossas lideranças se mostrem à altura do Brasil e de sua história”, afirmam. “Mais de três décadas de trajetória democrática, não sem percalços ou frustrações, porém também repleta de conquistas e avanços dos quais podemos nos orgulhar. Mais de três décadas de liberdade e pluralismo, com alternância de poder em eleições legítimas e frequentes”, diz a carta.
Segundo elas, o desenvolvimento econômico e social do País, para ser efetivo e sustentável, requer paz e tranquilidade, reconhecendo as minorias, a diversidade e o confronto respeitoso de ideias. “Acima de tudo, uma sociedade que não mais tolere a miséria e a desigualdade, que tanto nos envergonham.”