A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse nesta quarta-feira (15) que o número de cidades atacadas no estado teve queda. No entanto, os episódios de violência continuam acontecendo. Apenas hoje, foram feitos dez registros de ataques em quatro cidades.
“Isso se deve, também, às blitz nas estradas, culminando em prisões. Estamos trabalhando 24 horas, como é nosso dever. Ainda não é possível garantir a normalidade no total, mas está diminuindo a violência”, afirmou a governadora.
Em último boletim, divulgado no início da tarde, a Polícia Militar do RN disse que o número de suspeitos detidos por envolvimento nos ataques já chega a 39. São 4 foragidos recapturados, dois que estavam em regime semi-aberto com tornozeleiras eletrônicas, além de um adolescente apreendido. Ao todo, foram recolhidos 35 explosivos e oito galões de gasolina.
Os ataques ocorrem no estado desde a madrugada de terça-feira (14). A suspeita é de que os atos sejam comandados pelo Sindicato do Crime, facção criminosa que atua na região. A Secretaria de Estado da Segurança afirmou não ter ainda informações sobre a motivação dos ataques, mas citou uma possível retaliação a operações recentes de enfrentamento ao tráfico.
Ontem, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que vai prestar apoio ao estado. “Desde cedo, o Ministério da Justiça está em contato com o governo do Rio Grande do Norte, a fim de verificar o apoio possível, à vista da crise local na Segurança Pública”, disse.
“A Primeira parte da equipe da Força Nacional já está em Natal. Outra parte chegará ainda nesta madrugada. E outra amanhã e depois. Destinamos 220 policiais para auxiliar as forças estaduais. E podemos ampliar até quantitativo que se configurar necessário”, afirmou Dino na madrugada desta quarta.
Falei agora por telefone com a governadora Fátima, do Rio Grande do Norte. Primeira parte da equipe da Força Nacional já está em Natal. Outra parte chegará ainda nesta madrugada. E outra amanhã e depois. Destinamos 220 policiais para auxiliar as forças estaduais. E podemos…
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) March 15, 2023