As Nações Unidas revelaram em um levantamento publicado neste domingo (22) que toda a ajuda humanitária que foi levada a Faixa de Gaza para atender os palestinos afetados com o conflito entre Hamas e Israel não é suficiente. No relatório, a entidade deixa claro que para a crise humanitária ser contida, os comboios com águas e medicamentos devem ser multiplicados e entregues todos os dias.
De acordo com a coluna de Jamil Chade, do UOL, apenas 20 caminhões da ONU foram autorizados por Israel para entrarem em Gaza. A manobra é vista por diplomatas como apenas uma forma de propaganda, já que a ajuda não é suficiente.
Por exemplo, neste sábado (21), a água destinada para Gaza atende a apenas 1% da população e por apenas um dia. Enquanto isso, os serviços médicos revelam o surgimento e proliferação de doenças entre a população, como sarna, catapora e diarreia.
O relatória da ONU ainda reforçou que a ofensiva de Israel destruiu bairros inteiros em Hamas e que 62% das vítimas são mulheres e crianças. Por isso, os abrigos das Nações Unidas registram caos, disputas violentas e tensão entre os palestinos.
Críticas da comunidade internacional
Na semana passada, organizações internacionais criticaram a condução de Israel no plano de suprimir qualquer abastecimento na Faixa de Gaza pois diretamente afeta os civis que se escondem da guerra. O governo israelense acredita que a ofensiva acabará o grupo Hamas.
Por exemplo, o diretor médico do Hospital Al-Wafa na cidade de Gaza, Hassan Khalaf, afirmou em entrevista à Al-Jazeera que os hospitais na região afetada estão dependendo de geradores que não estão equipados para alimentar muitos equipamentos médicos. Assim, a falta de luz coloca em risco 100 recém-nascidos e 1,1 mil pacientes em diálise.
Já a Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) revelou que nove trabalhadores humanitários morreram por conta dos bombardeios. Além de notificar danos estruturais a 18 instalações da organização. Ao menos dois hospitais e dois centros de saúde foram atingidos, segundo a mesma agência.