A emissora Al Jazeera, do Catar, afirmou que seu correspondente Ismail al Ghoul foi espancado e preso por soldados do Exército israelense durante operação no hospital Al Shifa, maior unidade de saúde em Gaza. O canal afirma que o jornalista foi levado a um “local desconhecido”.
“O Exército de ocupação espancou severamente o correspondente da Al Jazeera, Ismail al Ghoul, antes de detê-lo dentro do complexo médico Al Shifa, em Gaza”, diz o canal do Catar. Segundo uma fonte da emissora, outras cinco pessoas foram detidas, incluindo a equipe de gravação de Ghoul.
Funcionários da emissora catari dizem que um tanque de guerra israelense destruiu o veículo usado pelo correspondente e sua equipe. “Um veículo de transmissão, câmeras e outros equipamentos, foram destruídos após as detenções”, relatam.
Segundo o perfil de Ismail al Ghoul no X (ex-Twitter), ele e os outros presos pelo exército israelense foram liberados após 12 horas. Ele relata que todos foram algemados, obrigados a tirar as roupas e interrogados por soldados.
عاجل | الاحتلال الإسرائيلي يفرج عن الزميل إسماعيل الغول وعدد من الصحفيين بعد اعتقالهم لمدة 12 ساعة في مستشفى الشفاء
— إسماعيل الغول – Ismail Alghoul (@ismail_gh2) March 18, 2024
O Exército israelense não se manifestou sobre o caso. No mês passado, a Al Jazeera afirmou que soldados estavam atacando sistematicamente seus funcionários que trabalham na cobertura da guerra na Faixa de Gaza.
Até o momento, pelo menos 95 jornalistas e outros profissionais de imprensa foram mortos na guerra, segundo o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ), que aponta que cerca de 90 deles eram palestinos e dois deles eram da Al Jazeera. O diretor do escritório da emissora em Gaza, Wael al Dahdouh, ficou ferido.