Após a tentativa de assassinato da vice-presidente Cristina Kirchner, o presidente argentino, Alberto Fernández, declarou feriado nacional nesta sexta-feira (2). Fernández classificou o episódio como “o mais grave desde 1983, quando o país voltou a ser uma democracia”.
“Decidi declarar feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se com nossa vice-presidente”, disse Alberto Fernández durante um pronunciamento em rede nacional.
O ataque foi cometido por um brasileiro motorista de aplicativo, de 35 anos, radicado em Buenos Aires. Fernando André Sabag Montiel, conhecido nas redes sociais como Fernando Salim, apontou uma pistola a poucos centímetros do rosto da vice-presidente, Cristina Kirchner.
O ataque aconteceu por volta das 21h desta quinta (1), quando ela saudava um grupo de militantes na frente de sua residência. A arma chegou a ser engatilhada, mas o tiro falhou. Os seguranças de Cristina Kirchner conseguiram deter o agressor com a ajuda dos militantes. Em seguida, o brasileiro foi preso.
Fernando já tem antecedentes por porte de arma ilegal não-convencional em 17 de março de 2021. Ele foi flagrado com um facão de 35 cm, que segundo o mesmo seria “para a sua segurança pessoal”.
“Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada”, afirmou o presidente. “Este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos”.
Alberto Fernández atribuiu o atentado “ao discurso de ódio que tem sido espalhado a partir de espaços políticos, judiciais e midiáticos”: “Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada”.
El video del arma contra @CFKArgentina pic.twitter.com/8j1xpMnPoe
— Lautaro Maislin (@LautaroMaislin) September 2, 2022