Se havia dúvidas, agora não há mais: tão logo assinou a ficha de desfiliação do PSDB, partido que ajudou a fundar e permaneceu 33 anos, Geraldo Alckmin autorizou contato com o DCM para confirmar sua presença no jantar do Grupo Prerrogativas, neste domingo, 19, no restaurante Figueira Rubayat, em São Paulo.
O encontro vai reunir políticos de diferentes partidos e presidenciáveis: Rodrigo Pacheco, Randolfe Rodrigues e Simone Tebet são nomes confirmados.
A presença mais aguardada é do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), líder em todas as pesquisas.
Lula e Alckmin, através de intermediários, costuram uma aproximação para 2022.
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A ideia é trazer Alckmin para compor a chapa como vice e quebrar a resistência do eleitorado mais conservador de São Paulo ao PT.
O ex-presidente também tem dito que Alckmin será um ponto de equilíbrio na governabiidade, em caso de vitória da chapa. “Com ele de vice eu poderei dormir tranquilo”, brincou Lula.
O ex-governador já tem discurso para explicar aos apoiadores a aproximação com um adversário histórico: livrar o Brasil do risco Bolsonaro.
A vinda de Alckmin abre espaço para Lula em São Paulo e também ajuda Fernando Haddad, candidato do PT ao governo do Estado.
Com o ex-tucano fora da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, o petista lidera as pesquisas de opinião.
Correligionários seguem Alckmin
Histórico correligionário de Alckmin, Pedro Tobias também encaminhou seu pedido de desfiliação na tarde desta quarta.
“Infelizmente, o partido em que fui vereador duas vezes; quatro vezes deputado estadual e três vezes presidente estadual; deixou de ser social e democrata”, disse em suas redes sociais.
O jantar deste domingo será a primeira presença conjunta entre Lula e Alckmin desde o início das negociações entre representantes dos dois políticos.
Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas, informou ao DCM que o evento não tem a pretensão de promover uma aliança eleitoral entre o ex-tucano e o petista.
“É um encontro de lideranças preocupadas em defender a democracia e o Brasil”, informou. Lembrando que outros presidenciáveis também estarão presentes.
Também não está autorizado cravar. Mas o DCM recebeu a informação que Alckmin, agora fora do PSDB, deve seguir para o PSB. Com isso, crescem as chances de Márcio França, presidente estadual da sigla, assumir a posição de vice na chapa com Fernando Haddad.
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