Líder na pesquisa de intenção de votos para o governo de São Paulo, com 26%, segundo o último Datafolha, Geraldo Alckmin reluta sair do PSDB porque está sendo chantageado.
O DCM apurou que interlocutores de João Doria e do vice, Rodrigo Garcia, fizeram chegar a Alckmin a informação de que eles podem divulgar dados com eventuais irregularidades cometidas pelo ex-governador em suas quatro passagens pelo Palácio dos Bandeirantes.
Leia também: Percepção de 69% da população é de piora da economia, diz Datafolha
Embora não tenha nenhuma condenação, Geraldo já foi alvo de diversas investigações.
Em uma delas, teve bloqueio de bens no valor R$ 11,3 milhões por suspeita de ter recebido doações ilegais de campanha da Odebrecht – de acordo com o inquérito da PF, as informações foram repassadas por executivos da empresa em acordos de delação premiada e depois confirmadas com apreensão dos registros dos sistemas de comunicação interna da empresa.
Em um processo, o ex-governador foi alvo de ação civil pública de improbidade administrativa envolvendo o processo de licitação para a exploração do trecho Sul e construção e posterior exploração do trecho Leste do Rodoanel.
Alckmin e Doria se odeiam
Geraldo, segundo fontes no partido, já manifestou essa preocupação com amigos. Ele e Doria se odeiam. A ponto do gestor, para diminuí-lo, ter sugerido que se candidatasse a deputado federal em 2022.
Na semana passada, o DCM divulgou que não vai participar das prévias do partido para a escolha do candidato a governador por acreditar que não terá chance – a Executiva do diretório estadual trabalha às claras pedindo votos para Rodrigo Garcia.
Sua única alternativa de governar São Paulo pela quinta vez seria fora do PSDB. Ele negocia com PSD, DEM e PSL – até com o PDT teve diálogos. Enfrentá-lo nas urnas é o que Doria e Rodrigo Garcia tentam evitar.