O governo Bolsonaro ganhou três malas com presentes vindos da Arábia Saudita.
Esse é o verdadeiro volume de bens ofertados por Mohammed bin Salman e não declarado pela comitiva do governo Bolsonaro ao desembarcar em Guarulhos voltando do país árabe em 26 de outubro de 2021.
As informações foram obtidas pela Agência Sportlight, do jornalista Lúcio de Casto, por meio da Lei de Acesso à Informação.
O tenente da Marinha Marcos André Soeiro, que trabalhava na época no Ministério das Minas e Energias, pagou US$ 794 para a companhia aérea Qatar Airways para que ela despachasse “três malas extras, contendo itens ofertados pelo Reino Saudita ao Estado Brasileiro”.
Ao desembarcar no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos (SP), o almirante Bento Albuquerque, então ministro das Minas e Energia, e Marcos Soeiro, tentaram passar pela alfândega como se não tivessem obrigação de declarar os bens ganhos durante a viagem, estratégia frustrada em razão pente fino da receita, que localizou o colar de R$ 16,5 milhões que foi apreendido, entre outros itens.
Consulta ao acervo presidencial demonstra que na data foram agregados a ele apenas 4 itens como presentes da Arábia Saudita: um manto, um lenço, uma escultura e um broche.
Somando-se a esses o mencionado colar, um par de brincos, um relógio e um estojo contendo uma caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e um terço nota-se que há uma desproporção entre eles e as três malas extras pagas como sendo bagagem extra.