O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, abriu na tarde desta sexta-feira (18) um inquérito para apuração sobre um internauta que teria vazado o seu despacho, no qual determina a suspensão do Telegram no Brasil. O suspeito teria obtido a informação através de violação do e-mail do magistrado.
A solicitação é direcionada ao Twitter, plataforma que o perfil do acusado compartilhou a informação. O juiz pediu que a empresa forneça os dados pessoais do usuário.
“Diante de inúmeras publicações jornalísticas de trechos incompletos da decisão proferida em 17/3/2022, torno pública a decisão. Considerando o vazamento da decisão proferida, que estava sob sigilo judicial, o que configura crime, determino a instauração de inquérito, com a autuação sigilosa, distribuído por prevenção à Pet 9.935/DF”, explica o documento.
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O motivo da suspensão do Telegram e como o vazamento da decisão de Alexandre de Moraes se relaciona a ela
A decisão de suspensão do aplicativo de mensagens no país é decorrente da sua falta de colaboração com a justiça. O ministro justificou a ação explicando que o Telegram não fornece detalhes importantes para as autoridades que investigam grupos de ódios e que propagam mentiras. O Telegram é uma rede onde podem ser formados grupos com mais de 200 mil pessoas, e não há qualquer restrição sobre os conteúdos que são compartilhados na plataforma.
O responsável pelos vazamentos tinha em sua descrição do seu perfil frases como: “anti esquerda” e “conservador de direita”. O Twitter tem 48 horas para entregar os dados do usuário para Moraes. Já o Telegram tem o prazo de 24 horas para encerrar suas atividades no Brasil.