Alexandre Garcia apaga e esconde vídeos negacionistas sobre vacina, cloroquina e coronavírus

Atualizado em 5 de maio de 2021 às 15:03
Bolsonaro e Alexandre Garcia na posse

Publicado originalmente no site iG Último Segundo

POR PEDRO JORDÃO

Até a última terça-feira, 04, o  jornalista e comentarista da CNN Brasil Alexandre Garcia apagou 66 vídeos e escondeu outros 429 em seu canal do YouTube.  Os conteúdos apresentavam uma visão negacionista sobre as vacinas da Covid-19 e também sobre a própria doença.

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Somente na última terça-feira, 04, 61 vídeos foram apagados do canal do comentarista. Os assuntos principais do conteúdo deletado eram críticas ao lockdown e ao Supremo Tribunal Federal (STF), além de elogios ao “tratamento imediato/precoce” e ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações vêm sendo divulgadas nas redes sociais por Guilherme Felitti, fundador da Novelo Data, empresa de análise de dados com sede em São Paulo.

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Na segunda-feira, 03, o comentarista teria apagado outros cinco vídeos, dos quais dois continham teorias conspiratórias sobre a efetividade das vacinas da Covid-19 e outros três defendiam o tratamento precoce, com cloroquina e ivermectina. Entre os vídeos estariam os títulos: “o marketing que naturalizou uma vacina” e “o cruel pedido para banir tratamento de Covid”. No sábado passado, 1º de maio, o jornalista já havia tornado privado outros 429 vídeos de seu canal.

Segundo o perfil, os vídeos apagados e tornados privados já somam quase metade dos mais de 1.110 vídeos Garcia havia publicado no canal.

Desde o início da pandemia, Alexandre Garcia defende o tratamento precoce com a cloroquina, que já foi comprovado por pesquisadores que não não tem eficácia. Segundo a revista Forum, o comentarista chegou a minimizar a Covid-19: “mais da metade morriam de qualquer de maneira”.

“Os americanos descobriram que só 6% dos mortos foram mortos exclusivamente pelo coronavírus. Os outros todos foram comorbidades, inclusive gente que já ia morrer. Essa é a realidade que a gente tem que considerar também. E fortalecer nossas defesas: vitamina D, zinco, eu me previno com a ivermectina, tem gente se prevenindo com a própria hidroxicloroquina. E a assim a gente vai tocando a vida. Viva a vida”, teria dito ele, de acordo com a revista.

Nas redes sociais do jornalista, ainda é possível encontrar as divulgações que ele fez dos vídeos na época em que os publicou, mas nenhum dos links está mais disponível para visualização. Confira alguns deles: