Alexandre Garcia estreou na noite de sexta (12) como comentarista da Jovem Pan News. Em sua primeira análise, o jornalista falou sobre a decisão de Luís Roberto Barroso. O ministro do STF suspendeu trechos da portaria do Ministério do Trabalho que proibia empresas de demitir funcionários não vacinados contra Covid-19.
O comentarista se mostrou contra a decisão. “Mais uma do Supremo legislando. Porque isso não está na CLT como causa de demissão por justa causa. Não seria um assunto para o tribunal constitucional. Seria assunto para o Congresso”, comentou.
Em seguida, mostrou mais uma vez seu lado negacionista ao questionar a eficácia da vacina contra a Covid-19. “Além de tudo, todo mundo sabe que a vacina está numa fase de início. A gente não sabe ainda os resultados quanto à eficácia e quanto à segurança”, declarou.
Só que o comentário não é verdadeiro. Os imunizantes possuem comprovação científica. A Anvisa autorizou o uso dos imunizantes CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca e a Janssen no Brasil.
Para defender sua tese, ele citou frases do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, contra a imunização de crianças e adolescentes. “Tudo isso é arrogância de a gente achar que é mais do que o tempo. Vamos esperar o tempo para ver de que doença, de que vacina estamos tratando”, afirmou.
Só que imunização de crianças e adolescentes também já foi testada e comprovada pela ciência. Não por acaso, jovens de 12 a 17 anos já foram vacinados no Brasil.
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Alexandre Garcia e as fake news
Para piorar a situação, ele falou sobre a obrigatoriedade de um exame para identificar pneumonia, chamado abreugrafia. “Fico pensando do tempo da abreugrafia, que se exigia abreugrafia. Depois se descobriu que a abreugrafia significava uma carga muito grande de radiação sobre a pessoa”, comentou. A obrigatoriedade da abreugrafia acabou na década de 70.
Vale destacar que Garcia foi demitido da CNN Brasil no dia 24 de setembro, quando defendeu o tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada pela ciência.
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