Alexandre Garcia propaga fake news sobre eficácia da vacina contra Covid em estreia na JP

Atualizado em 13 de novembro de 2021 às 10:06
Alexandre Garcia
Alexandre Garcia soltou mais uma fake news, desta vez na Jovem Pan

Alexandre Garcia estreou na noite de sexta (12) como comentarista da Jovem Pan News. Em sua primeira análise, o jornalista falou sobre a decisão de Luís Roberto Barroso. O ministro do STF suspendeu trechos da portaria do Ministério do Trabalho que proibia empresas de demitir funcionários não vacinados contra Covid-19.

O comentarista se mostrou contra a decisão. “Mais uma do Supremo legislando. Porque isso não está na CLT como causa de demissão por justa causa. Não seria um assunto para o tribunal constitucional. Seria assunto para o Congresso”, comentou.

Em seguida, mostrou mais uma vez seu lado negacionista ao questionar a eficácia da vacina contra a Covid-19. “Além de tudo, todo mundo sabe que a vacina está numa fase de início. A gente não sabe ainda os resultados quanto à eficácia e quanto à segurança”, declarou.

Só que o comentário não é verdadeiro. Os imunizantes possuem comprovação científica. A Anvisa autorizou o uso dos imunizantes CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca e a Janssen no Brasil.

Para defender sua tese, ele citou frases do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, contra a imunização de crianças e adolescentes. “Tudo isso é arrogância de a gente achar que é mais do que o tempo. Vamos esperar o tempo para ver de que doença, de que vacina estamos tratando”, afirmou.

Só que imunização de crianças e adolescentes também já foi testada e comprovada pela ciência. Não por acaso, jovens de 12 a 17 anos já foram vacinados no Brasil.

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Alexandre Garcia e as fake news

Para piorar a situação, ele falou sobre a obrigatoriedade de um exame para identificar pneumonia, chamado abreugrafia. “Fico pensando do tempo da abreugrafia, que se exigia abreugrafia. Depois se descobriu que a abreugrafia significava uma carga muito grande de radiação sobre a pessoa”, comentou. A obrigatoriedade da abreugrafia acabou na década de 70.

Vale destacar que Garcia foi demitido da CNN Brasil no dia 24 de setembro, quando defendeu o tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada pela ciência.

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