Fernando Haddad comparou o apoio de Rodrigo Garcia a Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro ao “BolsoDoria”, que ocorreu em 2018. Para o petista, o tucano vai contra a herança de Mário Covas com as escolhas de quem vai apoiar no segundo turno. A informação é da Folha de S.Paulo.
Para Haddad, havia expectativa de uma aliança entre o PT e o PSDB para a segunda etapa da disputa. O petista diz, entretanto, que sabia da possibilidade de um anúncio de apoio aos bolsonaristas.
“Pelo histórico do Rodrigo Garcia, eu via com alguma dificuldade essa transição. Foi muito forte o BolsoDoria em 2018, aproximação dele com Bolsonaro era muito grande. Ele me escolheu como adversário de primeiro turno. Estava mais ou menos claro que tinha um combinado”, disse o ex-prefeito.
Haddad ainda lembrou de Mário Covas ao condenar o apoio a Tarcísio e Bolsonaro:
“O PSDB histórico jamais apoiaria alguém de extrema-direita. Alguém consegue imaginar o Mario Covas apoiando o Bolsonaro? Ele que se dizia um herdeiro do legado do Covas. Como pode ter se declarado herdeiro do legado do Covas se acaba de fazer algo que Mario Covas, se estivesse vivo, estaria desautorizando”.
O petista nega que as críticas feitas no primeiro turno tenham dificultado uma aliança e alega que estava apenas se defendendo dos adversários.