O ex-presidente Jair Bolsonaro tem perdido a fidelidade de políticos aliados e seu núcleo ideológico tem ser revoltado com a independência de outros nomes da direita. Figuras como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo), Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Tereza Cristina (PP-MS) têm defendido dissociar o espectro político da personalidade do ex-mandatário. A informação é do Estadão.
A maioria desses políticos tem sofrido agressões como resposta. É o caso de Zema, que afirmou que é necessário “unir a direita” durante evento do CPAC em Minas Gerais no último sábado (23). O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) reclamou, dizendo que políticos estão “usando o Bozo”, e Fábio Wajgarten, advogado e assessor do ex-presidente criticou a fala.
“Muito bacana esse papo de unir a direita, mas quando se olha a realidade, quem propaga não mexe uma palha pela tal ‘Direita’. Não pergunta. Não oferece ajuda. Não articula. Finge de morto. Típico gafanhoto”, disse Wajngarten.
Tarcísio também tem sofrido ataques depois de dizer, em propaganda, que o Republicanos é o verdadeiro partido conservador no Brasil. A declaração gerou incomodo no núcleo ideológico de Bolsonaro. O governador de São Paulo já havia sido atacado anteriormente ao defender a reforma tributária e aparecer em foto ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira virou alvo do grupo em junho. Ele também é presidente do Republicanos e queria afastar a sigla de Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente está isolado. Carlos não gostou da ideia e reclamou: “Essa raça aumentou a bancada e o poder devido às palavras e ações do presidente Jair Bolsonaro”.
Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro e atualmente senadora, ela quer fortalecer uma candidatura à presidência para 2026. Ela tem se reunido com empresários de direita que não compactuam com o bolsonarismo, mas ainda não foi atacada pelo núcleo porque o ex-presidente necessita do apoio do agronegócio, que respeita a parlamentar.