O blogueiro de extrema-direita Allan dos Santos é acusado de ter se passado pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no Twitter, agora X, para insinuar uma conexão entre o grupo e o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme denúncias de usuários na rede social.
De acordo com o relatório de 541 páginas divulgado pelo Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Estados Unidos, sobre supostos “ataques à liberdade de expressão” no Brasil, os crimes praticados pela milícia digital bolsonarista e por extremistas, como o blogueiro foram expostas.
Esses documentos foram entregues ao Congresso norte-americano pela rede social de Elon Musk, após um acordo com o congressista Jim Jordan, um dos principais apoiadores de do ex-presidente Donald Trump — figura admirada pelos bolsonaristas.
Allan dos Santos é acusado de ter criado uma conta denominada “farc server” para insinuar uma ligação entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o PT, chegando ao ponto de sugerir que o grupo se referia ao presidente Lula como “comandante”.
A página foi amplamente divulgada por apoiadores de Bolsonaro, incluindo a deputada Bia Kicis e o falecido Olavo de Carvalho. O próprio Allan dos Santos teria compartilhado em seu perfil um vídeo falso de supostos membros das FARC expressando apoio a Lula.
Além disso, segundo o jornalista, o relatório também revela que Allan dos Santos foi flagrado realizando diversas chamadas telefônicas para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, utilizando “termos agressivos e ameaçadores”, o que colocou em risco a segurança pessoal do ministro e de sua família.