Almino Affonso, 92 anos, foi descrito como decano dos ‘velhos e bons hábitos da Política’ no jantar do grupo Prerrogativas, que selou o primeiro encontro público entre Lula e Alckmin. O petista e o ex-tucano ensaiam um acordo visando a sucessão de Bolsonaro em 2022.
Affonso é o único ministro de Jango ainda vivo. Ocupou a pasta do Trabalho e Previdência Social do governo que acabou deposto pelo golpe militar de 31 de março de 1964.
Viveu 12 anos no exílio em países como Iugoslávia, Uruguai, Chile, Peru e Argentina.
De volta ao Brasil em meados da década de 70, foi secretário do governo de Franco Montoro e vice-governador de São Paulo.
É uma das figuras mais queridas e respeitadas da vida brasileira, a ponto de não se importar em contar, durante seu discurso no Figueira Rubaiyat, onde aconteceu o jantar, que sugeriu ao ex-presidente que fugisse da ordem de prisão ilegal de Sergio Moro buscando asilo numa embaixada.
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“Você dizia, Lula, que ia buscar provar sua inocência e restaurar seus direitos. Poucos confiavam nisso, poucos tinham a confiança na Justiça que você teve. Abraço-o em homenagem à Justiça”, discursou.
Luta contra a ditadura
O governo João Goulart foi de 1961 a 1964 entrou para a história por ter sido um mandato abreviado. Foi um governo de esquerda marcado por forte instabilidade política.
Salvar o Brasil da longa noite de terror
As chamadas ‘Reformas de base’ adotadas pelo presidente – incluíam os setores educacional, fiscal, político, urbano e agrário – eram rechaçadas pela elite do país, que apoiou o golpe militar em conluio com os Estados Unidos.
Almino Affonso foi ao jantar pela democracia se juntar a centenas de autoridades que formam a coalizão para salvar o Brasil da longa noite de terror comandada por Jair Bolsonaro.