O estudante de 16 anos apreendido pela Polícia Militar após ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba usou a arma do pai e disparou na nuca de aluna à queima-roupa. O revólver calibre 38 usado no crime está legalmente registrado no nome do pai do adolescente, tinha numeração aparente e estava em bom estado.
Outras duas alunas foram baleadas e levadas para o Hospital Geral de Sapopemba: uma foi baleada no tórax e a outra, na clavícula. Elas estão estáveis e não correm risco de morte. Um quarto estudante ficou ferido por ter que quebrar uma janela para fugir do ataque e já teve alta.
A aluna baleada na nuca morreu na ação. Uma câmera de segurança registrou o momento em que ela foi baleada enquanto descia uma escada dentro da escola. Ela caiu desacordada alguns degraus abaixo e o autor do disparo deixou o local logo em seguida.
O aluno que efetuou os disparos sofria bullying por ser gay e teria anunciado o atentado duas semanas antes, segundo outros estudantes. Além dele, há outros três adolescentes apontados como envolvidos no ataque.
O estudante apreendido tem 16 anos e é aluno do primeiro ano do Ensino Médio. Ele usava o uniforme da escola durante o atentado e já havia feito um boletim de ocorrência contra colegas. O adolescente relatou ter sofrido ameaças e agressões no documento.
Os supostos outros autores do ataque, segundo os colegas, são uma aluna lésbica e dois outros estudantes que seriam tímidos e “excluídos”.