O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que é alvo de 91 acusações em quatro processos criminais, afirmou que os mandatários que passaram pelo poder deveriam ter uma “imunidade total” na Justiça. Ele diz que ex-chefes de Estado devem ficar isentos até mesmo se suas ações “ultrapassarem a linha”.
Trump é investigado em quatro casos diferentes, incluindo uma tentativa de tentar alterar os resultados das eleições de 2020 e se apropriar de documento ultrassecretos da Casa Branca ao deixar a presidência. A declaração sobre a imunidade a ex-presidentes ocorreu na madrugada desta quinta (18) nas redes.
“Até mesmo fatos que ‘ultrapassem a linha’ devem estar sob imunidade total, ou serão anos de trauma tentado determinar o bem e o mal”, escreveu na rede social de extrema-direita “Truth Social”. Ele ainda comparou a situação de chefes de Estado com as forças de segurança, que precisam continuar trabalhando apesar das “maçãs podres”.
“Às vezes, é preciso conviver com um ‘ótimo, mas ligeiramente imperfeito’”, prosseguiu. Um tribunal federal de apelações em Washington atualmente analisa recurso de Trump pedindo imunidade em processo que investiga sua tentativa de alterar o resultado das eleições em que perdeu para Joe Biden e ele diz que a Suprema Corte do país tomará uma “decisão fácil” se tiver que analisar o caso.
Se os juízes aceitarem o recurso de Trump, o caso deve seguir para a Suprema Corte.
Essa não é a primeira vez que ele fala sobre o tema. No início do mês, em entrevista após audiência, ele afirmou à CNN que “não se pode ter um presidente sem imunidade” e que processar um ex-mandatário pode gerar “caos” no país e “abrir a caixa de Pandora”.