O Sudoeste da Amazônia se tornou a região com maiores emissões de gases de efeito estufa no planeta nos últimos cinco dias, segundo dados do Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia. O projeto aponta que a condição foi causada por um aumento no número de focos de incêndio no local.
A conclusão é baseada no volume de aerossóis e de monóxido de carbono captado na área de emissão. Os gases estão associados a substâncias como dióxido de carbono, que também é liberado em incêndios. A medição ocorre em meio a um cenário de seca extrema e queimadas no Norte do país.
Foram 82 mil focos de incêndio entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano na Amazônia, número que representa o dobro em relação ao mesmo período de 2023. É o segundo pior resultado da série histórica e só fica atrás de 2007, quando foram registrados 85 mil.
A cidade com mais focos de calor é São Felix do Xingu (PA), que tem 4.988 pontos, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O prefeito do município, João Cleber de Souza Torres (MDB), atribuiu o número à estiagem severa e ao uso do fogo para preparar a roça.
O Copernicus aponta que o número de focos de incêndio no Brasil atingiu um total de 152 mil em agosto. O número representa um aumento de 103% comparado ao mesmo período de 2023. O resultado foi causado por uma temporada sazonal de queimadas.
A emissão pode impactar todo o planeta se continuar no nível atual por um longo período e contribuir com o aquecimento global, aumentando os níveis do mar, gerando alterações no clima e gerando o desaparecimento de espécies de fauna e flora.
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