Ameaças de ataques a escolas no Rio viralizam e assustam pais e alunos

Atualizado em 10 de abril de 2023 às 20:13
Polícia Militar do Rio de janeiro monitora escolas do estado após ameaças de ataques
Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro tem monitorado ameaças de ataques a escolas do Estados que, recentemente, têm circulado nas redes sociais e em aplicativos de troca de mensagens. O governador Cláudio Castro (PL) determinou a instauração de inquérito para investigar quem seriam os responsáveis por áudios que anunciam a realização de atos violentos em ambiente escolar.

Circula em grupos de WhatsApp de pais e professores fotos e áudios atemorizando alunos e funcionários. Um, compartilhado em um desses grupos, afirma que serão realizados atentados nas instituições de ensino Rio Grande do Sul e Antonio Houaiss, ambas da rede pública da capital fluminense.

Ouça o áudio:

https://twitter.com/estouonpraffc/status/1645210171537342465

Foram registrados possíveis planos visando também instituições de ensino particulares. No Colégio Souza Amorim, no bairro da Penha, também no Rio, um aluno foi encontrado com uma faca na mochila. A arma foi identificada por uma professora antes que ocorresse uma tragédia. A polícia foi chamada.

Print de WhatsApp de responsável por aluno de escola que sofreu ameaça de ataque. Reprodução

Em nota, o Centro Souza Amorim disse que um “aluno do oitavo ano após ver na televisão e redes sociais sobre os incidentes em Santa Catarina e possíveis ataques, disse que trouxe uma faca para se defender”. “O objeto foi recolhido imediatamente pela professora e inspetor e o fato foi encaminhado à delegacia e providências posteriores serão tomadas”, informou a escola.

“Afirmamos que não houve nenhum ataque na escola e solicitamos que acompanhem seus filhos de perto, verificando seus pertences antes de virem para a escola”, completou.

O Setor de Inteligência da Polícia Militar monitora e busca dados para identificar os autores das intimidações, enquanto a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a influência de jogos virtuais ou “qualquer outro meio eletrônico que produza conteúdos relacionados a possíveis atentados à unidades de ensino”.

Segundo a PM, além das investigações, a Patrulha Escolar e outros tipos de policiamento foram intensificados nas áreas de denúncia. Os Centros de Operações do Serviço 190 também seguem em alerta.

Em um vídeo publicado no domingo (9), o tenente-coronel Ivan Blaz tranquilizou os profissionais de educação, alunos e responsáveis. “Para que todos fiquem tranquilos, principalmente as escolas, nós já estamos com policiamento preventivo estabelecido, já fizemos contato com as UPPs da área e estamos trabalhando em parceria com a direção das escolas. Então, fiquem tranquilos, que amanhã é segunda-feira, dia de aula”, declarou o comandante do 6º BPM (Tijuca).

Veja o vídeo:

Nesta segunda, equipes da Patrulha Escolar e de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ficaram posicionadas em instituições de ensino dos bairros da Tijuca, Leme, Marechal Hermes, Campo Grande, Grajaú, Vila Isabel e Lins de Vasconcelos, na capital fluminense, além de escolas dos municípios de Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu, no interior do Rio.

As investigações da Polícia Civil estão concentradas na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) e na Subsecretaria de Inteligência, por meio da recém-criada carteira de produção de conhecimento de inteligência na área de violência escolar no Departamento de Inteligência. A medida tem o objetivo de prevenir e combater possíveis atos de violência, garantindo a segurança das crianças e adolescentes.

As denúncias recebidas pelas delegacias distritais são encaminhadas à especializada, que dá continuidade ao trabalho, agindo junto com outras forças de segurança.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que “segue monitorando tudo o que puder tumultuar a rotina da vida escolar e está trabalhando junto com as forças policiais e outros órgãos públicos para garantir a paz em suas unidades”. Além disso, o órgão confirmou que as aulas nos colégios municipais estão acontecendo normalmente.

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