O bispo emérito de Blumenau (SC) dom Angélico Sândalo Bernardino contrariou a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e criticou o projeto de lei que equipara aborto após a 22ª semana de gestação a homicídio, o “PL do aborto”. Membro respeitado da Igreja Católica, ele diz que não é “juiz” da entidade”.
Natural de Saltinho, no interior de São Paulo, ele iniciou sua trajetória sacerdotal em Ribeirão Preto em 1960, começando a trabalhar com os mais pobres anos depois na Vila Carvalho, periferia da cidade. Na década de 1970, durante a ditadura militar, ele começou a se envolver diretamente em lutas populares e na causa operária.
Foi nesta mesma época que passou a integrar a Pastoral Operária, que atuava como suporte religioso e social aos manifestantes da classe trabalhista, e conheceu Lula, então líder sindicalista. Nas últimas décadas, o bispo, que se tornou amigo do petista, atuou no casamento de seus filhos e no batismo de seus netos.
Em 2022, o religioso celebrou o casamento de Lula com a socióloga Janja da Silva, atual primeira-dama. Ele ainda relatou que fez uma oração para Marisa Letícia, ex-primeira-dama, enquanto ela estava internada no hospital.
Além da luta sindical e da amizade com Lula, ele atuou por quase 25 anos em favor da população menos favorecida de São Miguel Paulista, zona leste da capital. A partir da década de 2000, dom Angélico foi designado o primeiro bispo da Diocese de Blumenau (SC), recém criada na ocasião, e pediu renúncia em fevereiro de 2009.
Ele se tornou automaticamente bispo emérito da cidade catarinense, mas voltou a morar em São Paulo no mesmo ano em que sua renúncia foi oficializada. O religioso passou os últimos anos reclusos por conta da pandemia de Covid-19 e vive em um sobrado no Jardim Primavera, zona norte da capital paulista.
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