A cantora Preta Gil falou sobre o novo tratamento contra o câncer de intestino durante uma entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo. A artista afirmou no domingo (8) que passou por uma cirurgia para remoção do reto, a parte final do intestino grosso.
“Eu não tenho mais o reto […]. Tudo nessa doença é um grande tabu. Eu amputei o reto e não posso ter vergonha, porque é a minha realidade”, disse a cantora.
Segundo a cantora, a cirurgia foi realizada como parte do tratamento contra o câncer colorretal, diagnosticado em 2023, e não durante sua última internação.
O maior temor de Preta era a possibilidade de precisar amputar o esfíncter, o anel muscular que mantém o ânus fechado. Ao Fantástico, a artista contou que os médicos conseguiram preservar essa estrutura.
O procedimento é indicado para a remoção do reto e do canal anal. Em alguns casos, após a cirurgia, o ânus pode ser fechado permanentemente, e uma colostomia é realizada para permitir a eliminação das fezes através de uma abertura no abdômen.
“O paciente fica com a colostomia definitiva apenas quando a lesão está muito próxima da musculatura do esfíncter, que é o que ‘tranca’ o ânus, e não dá para você dar margem cirúrgica adequada entre o tumor e essa musculatura, o que é uma minoria dos casos”, explicou Romulo Almeida, coordenador da Coloproctologia do Hospital Sírio-Libanês em Brasília.
“Na atualidade, na maioria dos casos, dá para preservar o ânus e o paciente não fica com a colostomia em definitivo”, acrescentou.
Segundo o NHS, o serviço de saúde britânico, a operação pode ser realizada por pequenas incisões ou um corte maior no abdômen, além de um corte ao redor do ânus.
Antes da cirurgia, é importante manter uma alimentação saudável e praticar exercícios leves, como caminhadas. O paciente também passará por uma avaliação prévia, incluindo exames de sangue e um check-up geral.
No dia da operação, o paciente deve estar em jejum e pode receber medicamentos, como laxantes e injeções para prevenir coágulos.