Ana Moser, que foi demitida do Ministério do Esporte nesta quarta-feira (6), foi a ministra que ficou menos tempo no cargo durante um governo, exatos 248 dias. A ex-jogadora de vôlei foi escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não resistiu à pressão feita pelo Centrão, que exigiu a nomeação do deputado André Fufuca (Progressistas).
A ex-atleta da seleção brasileira tem 54 anos, não é filiada a nenhum partido político e foi a primeira mulher a ocupar o posto. Antes dela, todos os outros ministros que estiveram menos tempo no cargo foram interinos ou saíram por outros motivos, como o término do mandato do presidente.
Esse foi o caso de Ricardo Leyser, por exemplo, que saiu do comando do Ministério do Esporte, que existe desde 1995, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
A pasta foi criada inicialmente no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que indicou Pelé (1940-2022) para o cargo. O Rei do Futebol ficou no comando durante todo o primeiro mandato de FHC.
Já no segundo governo do político, a pasta ganhou o nome de Ministério do Esporte e do Turismo. Mesmo assim, todos os ocupantes ficaram mais tempo do que Ana Moser. Foram eles: Rafael Greca, atual prefeito de Curitiba, que foi o mais breve deles, com 1 ano e cinco meses no cargo.
Nos governos petistas, a pasta foi recriada com o nome que tem atualmente e teve ministros longevos: Agnelo Queiroz, Orlando Silva e Aldo Rebelo, que ficaram quatro anos cada no cargo.
Após a posse de Temer, Leonardo Picciani (MDB) permaneceu no cargo por 23 meses. O Ministério foi extinto nos quatro anos seguintes, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), quando foi incorporado ao Ministério da Cidadania. Com informações do jornal O Globo.