Deputada volta a ser ameaçada e chamada de ‘macaca’; veja imagem

Atualizado em 23 de março de 2022 às 14:25
Andréia de Jesus
Andréia de Jesus

Menos de uma semana após a retirada de sua escolta policial, devido aos ataques que vinha recebendo de bolsonaristas, a deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), voltou a ser ameaçada de morte na segunda-feira (21).

DCM teve acesso a um e-mail assustador que ela recebeu de um homem que se chama Ricardo Wagner Arouxa. Na mensagem, ele promete “meter uma bala na cara” da parlamentar e faz ofensas racistas. “Sua aberração, macaca fedorenta, cabelo de esponja de aço, Marielle Cover, favelada!”, escreve.

A deputada passou a ser ameaçada nas redes sociais em outubro do ano passado, após defender a abertura de investigação sobre a ação policial que assassinou 26 em Varginha, no Sul de Minas. Uma das mensagens dizia: “Seu fim será como o de Marielle Franco”. A vereadora carioca, também do PSOL, foi executada em março de 2018.

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“Eu vou te matar”, diz mensagem enviada a Andréia de Jesus

Mensagem recebida pela deputada Andréia de Jesus
Trecho da mensagem recebida pela deputada Andréia de Jesus

No e-mail, o homem afirma que vai “comprar uma pistola 9 mm” para assassinar a parlamentar. Ele diz que está desempregado e que sua esposa “está com câncer de mama e vivendo do auxílio emergencial”, enquanto Andréia “ganha uma fortuna para ficar de mimimi apenas por ser uma macaca”.

“Eu já tenho todos os seus dados e vou aparecer aí no seu gabinete no Palácio da Inconfidência”, diz ainda a mensagem. O homem revela que mora no Morro do Engenho, no Rio de Janeiro, e que vai comprar uma “passagem só de ida pra Belo Horizonte” para matar a deputada.

Ameaça pode ter vindo do Dogolachan, fórum de extrema-direita

De acordo com a assessoria de Andréia, a intimidação carrega indícios de que vem do Dogolachan, um fórum virtual de extrema direita que é um velho conhecido entre parlamentares, especialmente aquelas que lutam nas pautas de Direitos Humanos.

Ainda segundo a comunicação da deputada, o e-mail “configura crime de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal, e foi feita uma representação criminal pedindo investigação do caso nesta terça-feira, 22 de março”.

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