Anielle Franco aciona Ministério da Justiça e pede proteção após ameaças; Dino responde

Atualizado em 29 de setembro de 2023 às 0:40
Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, acionou nesta quinta-feira (28) o Ministério da Justiça para apurar as ameaças e ataques de ódio que vem recebendo desde o início da semana. A ministra também pediu proteção policial e escolta.

O Ministério da Igualdade Racial informou que os ataques, que ocorrem nas redes sociais de Anielle e através do e-mail institucional, se intensificaram após a repercussão da agenda da ministra no último domingo (24), na final da Copa do Brasil — a viagem foi feita com um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Na ocasião, Anielle participou da assinatura de um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para ações de combate ao racismo.

A ministra recebeu críticas pelo uso do avião da FAB, o que ela chamou de “inacreditável” e reforçou que a viagem foi a trabalho.

Marcelle Decothé, ex-ministra de Anielle Franco demitida por atacar a torcida do São Paulo. Foto: Reprodução

Além disso, o ministério foi criticado pelas publicações de Marcelle Decothé, assessora que atacou os “torcedores brancos” do São Paulo e chamou a direção do Flamengo de fascista. Ela foi exonerada do cargo na última terça-feira (26).

Um dos ataques diz torcer para que a ministra “tenha o mesmo fim que a irmã”, a vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em março de 2018.

“É muito doloroso receber ameaças de morte e violência por ser uma mulher na política e perceber que desde a minha irmã, nada mudou. Essa investigação é importante para que possamos seguir com o nosso trabalho e a construção das políticas públicas para o povo brasileiro. É para isso que eu trabalho todos os dias”, afirmou Anielle.

Em publicação no X (antigo Twitter), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que recebeu o ofício da ministra. “Já encaminhei ao Diretor Geral da Polícia Federal para as providências imediatas cabíveis”, informou.

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