Desde sua derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou ao menos 41 aliados em cargos estratégicos antes de deixar o poder.
De acordo com um levantamento feito pelo UOL no Diário Oficial da União, duas das indicações do chefe do Executivo vão para a Comissão de Ética Pública, responsável por analisar casos de potencial conflito de interesses e desvios de ocupantes de cargos de confiança. O indicado irá ocupar o cargo por três anos.
A indicação mais recente de Bolsonaro foi o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Márcio Nunes de Oliveira, designado para a função de adido policial federal na Embaixada do Brasil em Madri, na Espanha, também por três anos.
O ex-capitão também nomeou diretores para agências reguladoras, a exmplo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). No caso dessas indicações, os nomes passaram antes pelo crivo do Senado.
Confira quem mais Bolsonaro indicou para cargos estratégicos antes de deixar o poder:
- Seu ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto como diretor-presidente da Embratur, com mandato de quatro anos;
- O advogado André Ramos Tavares para ser ministro substituto do TSE;
- Nove integrantes para o CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão ligado ao Ministério da Educação, com mandatos de quatro anos;
- 14 militares e 13 embaixadores, alterando composições de órgãos militares e trocas em 11 embaixadas, além de escritórios da ONU;
- O policial militar André Porciuncula (PL-BA) para chefiar a Secretaria Especial de Cultura;
- O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Célio Faria Júnior, e João Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial da Presidência, para a Comissão de Ética Pública do Executivo Federal, que funciona como instância consultiva para o presidente e ministros.