Antes de deixar o poder, Bolsonaro nomeia mais de 40 aliados a cargos estratégicos

Atualizado em 21 de dezembro de 2022 às 9:28
O presidente Jair Bolsonaro (PL) – Foto: Reprodução

Desde sua derrota para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) nomeou ao menos 41 aliados em cargos estratégicos antes de deixar o poder.

De acordo com um levantamento feito pelo UOL no Diário Oficial da União, duas das indicações do chefe do Executivo vão para a Comissão de Ética Pública, responsável por analisar casos de potencial conflito de interesses e desvios de ocupantes de cargos de confiança. O indicado irá ocupar o cargo por três anos.

A indicação mais recente de Bolsonaro foi o diretor-geral da PF (Polícia Federal), Márcio Nunes de Oliveira, designado para a função de adido policial federal na Embaixada do Brasil em Madri, na Espanha, também por três anos.

O ex-capitão também nomeou diretores para agências reguladoras, a exmplo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). No caso dessas indicações, os nomes passaram antes pelo crivo do Senado.

Confira quem mais Bolsonaro indicou para cargos estratégicos antes de deixar o poder:

  • Seu ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto como diretor-presidente da Embratur, com mandato de quatro anos;
  • O advogado André Ramos Tavares para ser ministro substituto do TSE;
  • Nove integrantes para o CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão ligado ao Ministério da Educação, com mandatos de quatro anos;
  • 14 militares e 13 embaixadores, alterando composições de órgãos militares e trocas em 11 embaixadas, além de escritórios da ONU;
  • O policial militar André Porciuncula (PL-BA) para chefiar a Secretaria Especial de Cultura;
  • O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Célio Faria Júnior, e João Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial da Presidência, para a Comissão de Ética Pública do Executivo Federal, que funciona como instância consultiva para o presidente e ministros.
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