Medalhista de bronze na categoria peso-pesado (até 91 quilos) nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Abner Teixeira tinha pouca aptidão para esportes até a adolescência.
Tentou e fracassou no basquete, no futebol e no atletismo, mas só se encontrou de fato como pugilista.
Garoto pobre, nascido em Osasco (SP), ele se aproximou do esporte por meio de um projeto social, o “Boxe: mãos do futuro”.
O caso é comum na história de diferentes atletas, como Rebeca Andrade, Beatriz Ferreira, Hebert Conceição e Ygor Coelho e Fabiana da Silva, representantes no badminton.
O treinador-chefe da seleção de boxe, Mateus Alves, pede atenção às iniciativas e diz que a base dos atletas brasileiros vem de projetos do tipo.
“Aproveito aqui para falar para empresários interessados em apoiar alguma coisa: que busquem os projetos sociais de boxe. Eles realmente precisam deste apoio. A equipe olímpica permanente tem o apoio do Time Brasil e da Confederação Brasileira de Boxe. A gente tem uma estrutura”.
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Após entrar no esporte, foi bicampeão juvenil e de elite, e se tornou referência nacional na modalidade que disputa.
Também conquistou medalha de bronze no Pan de Lima, no Peru, em 2019.
Após o valor recebido por ter ganho a medalha nos Jogos Olímpicos (R$ 100 mil), ele diz que está mais próximo de realizar um sonho: dar uma casa para a mãe se livrar do aluguel.
“Esta medalha me aproximou mais deste sonho. Eu tava caminhando para isso, juntando um pé de meia. Então, com certeza ajudou um pouco mais”.