Ao rejeitar o Véio da Havan, torcida me fez ser vascaíno. Por Moisés Mendes

Atualizado em 11 de dezembro de 2019 às 6:40
Torcida do Vasco. Foto: AFP

Publicado originalmente no blog do autor

Os torcedores do Vasco são os protagonistas do gesto político do fim do ano. Não querem o véio da Havan patrocinando o time, de jeito nenhum.

O Vasco é treinado por Wanderley Luxemburgo, um dos poucos técnicos assumidamente de esquerda. Luxemburgo salvou o time este ano.

Já o Grêmio negocia a permanência de Renato e está com a imagem irremediavelmente associada ao bolsonarismo pinochetista. Escolhas são escolhas. A torcida do Vasco deixou claro nas redes que não quer o dinheiro de um militante da extrema direita já processado por assédio moral dos funcionários e por sonegação de contribuições sociais.

O futebol deve se reafirmar como espaço decisivo para o combate ao racismo, à homofobia, à xenofobia e ao fascismo. O futebol precisa, sim, se misturar com a política.