Ao Vivo: Lula concede entrevista coletiva na Itália

Atualizado em 15 de junho de 2024 às 11:55
Lula, presidente do Brasil. Foto: reprodução

Na Itália para participar da Cúpula do G7, o presidente Lula (PT) concede entrevista coletiva à imprensa italiana neste sábado (15).

Na ocasião, o petista fala pautas internacionais, como a guerra na Ucrânia e o massacre de palestinos na Faixa de Gaza, além de pautas internas, como o PL 1904/2024 que visa igualar o aborto ao crime de homicídio e as greves de professores de universidades públicas.

Acompanhe:

Faixa de Gaza

Na entrevista, o presidente voltou criticar as ações israelenses na Faixa de Gaza, afirmando que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tem interesse em finalizar o conflito no território. A guerra já deixou mais de 37 mil palestinos mortos desde 7 de outubro.

“Ele (Netanyahu) não quer resolver o problema, ele quer aniquilar os palestinos (…) Vamos ver se ele vai cumprir a decisão do Tribunal Internacional, vamos ver se ele vai cumprir a decisão tirada da ONU agora”, disse Lula.

O petista também enfatizou que os palestinos têm o direito de construir sua pátria de maneira livre e conviver harmonicamente com o povo judeu. Ele reiterou que o que está acontecendo atualmente na Faixa de Gaza é um “genocídio contra mulheres e crianças”.

PL do estupro 

Com a mesma posição abordada durante o período eleitoral, em 2022, Lula afirmou é contra o aborto, mas considera o projeto de lei proposto por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) uma “insanidade” por punir uma mulher estuprada que comete aborto com uma pena maior do que a do estuprador.

“Eu sou contra o aborto. Entretando, como o aborto é a realidade, a gente precisa tratar o aborto como questão de saúde pública. Eu acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher numa pena maior do que o criminoso que fez o estupro. É no mínimo uma insanidade isso”, disse o mandatário.

Desigualdade

Lula também falou de como o seu mandato é dedicado aos brasileiros mais pobres. Se colocando como o primeiro presidente a cuidar do povo, ele assumiu o compromisso de reduzir o imposto de renda para as classes mais baixas e aumentar a taxação para as pessoas mais ricas.

“Nunca antes na história deste país houve um presidente da República que tivesse a dedicação de cuidar do povo. Eu sei que isso incomoda. O nosso trabalho com as trabalhadoras domésticas e com o bolsa família incomodam. O nosso trabalho de diminuir o imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos, que nós vamos fazer até terminar o meu mandato incomoda. Neste país, a Petrobras acaba de pagar R$ 45 bilhões aos acionistas como dividendo e não ficou R$ 1 de imposto de renda”, reclamou.

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