O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), presta, nesta terça-feira (11), seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de Janeiro. O evento está marcado para ocorrer por volta das 9 horas. A oitiva será transmitida, ao vivo, no canal da TV Senado, no YouTube.
Cid está preso desde maio pelas suspeitas em torno da falsificação do cartão de vacinação dele, da esposa, da filha mais nova de Bolsonaro e do próprio ex-presidente. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, entendeu que ele deve ir à sessão, mas pode ficar calado para não produzir provas contra si.
O ex-ajudante de ordens também teria afirmado a integrantes do Exército que pretende comparecer fardado em seu depoimento. A ação seria uma tentativa de impor mais respeito entre os deputados federais e senadores que integram a comissão, sobretudo os de esquerda e governistas.
Membros da comissão afirmaram que o foco principal dos questionamentos será um relatório da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal que mostra ter sido encontrado no telefone celular de Mauro Cid uma minuta de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O documento em questão estava intitulado como “Forças Armadas como poder moderador” e seria uma espécie de plano baseado numa tese controversa em que militares poderiam ser convocados para arbitrar conflitos entre os Poderes.
Cid também deverá ser questionado a respeito dos diálogos que manteve com o coronel Jean Lawand Júnior, em dezembro do ano passado, que também foram recuperados em seu telefone.
O escândalo relacionado a fraude nos cartões de vacina, a tentativa de rever as joias sauditas, e a ligação de Cid com a realização de depósitos em dinheiro vivo direcionados a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), também deverão ser assuntos tratados na oitava.
Acompanhe o depoimento de Cid a seguir, ao vivo: