O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quinta (14) o julgamento do segundo réu pelo ataque terrorista de 8 de janeiro: Thiago de Assis Mathar. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável.
Produtor rural de Penápolis (SP), Thiago foi convidado por terroristas para participar de acampamento no quartel-general do Exército em São José do Rio Preto e viajar de ônibus até a capital federal. Sua defesa alega que ele só entrou no Palácio do Planalto, onde foi preso, para se proteger de “bombas e tiros” disparados pelos agentes.
Ele admitiu que estendeu cortinas dentro da sede do governo para ajudar a entrada de outros golpistas, mas argumentou que participou de caravana “para um Brasil melhor”. O bolsonarista nega que tinha a “intenção de dar golpe ou depor o governo eleito” e que sua ida à capital federal serviria para “manifestar descontentamento”.
A acusação da PGR afirma que ele atuou na depredação do Planalto. O órgão pediu que 40 réus investigados sejam condenados a penas de até 30 anos e que eles sejam punidos de formas “exemplares”.
Veja o julgamento:
https://www.youtube.com/watch?v=OWeEUedp_6c&ab_channel=R%C3%A1dioeTVJusti%C3%A7a
A Corte já condenou o primeiro réu pelos ataques, Aécio Lúcio Pereira. Os ministros seguiram o posicionamento do relator, Alexandre de Moraes, que entendeu que o objetivo dos terroristas era derrubar o governo Lula. O magistrado propôs uma pena de 17 anos, cumprida inicialmente em regime fechado, pelos cinco crimes.