O apagão que deixou mais de dois milhões de pessoas sem luz em São Paulo foi o principal tema abordado no debate da Band.
Guilherme Boulos (PSOL) afirmou na noite desta segunda-feira (14) que o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) é culpado por não atender aos pedidos de podas de árvores da população. O emedebista, por sua vez, tentou se distanciar da crise, atribuindo a responsabilidade à Enel.
O mediador, Eduardo Oinegue, iniciou o debate questionando sobre o apagão. Boulos relatou que também ficou sem luz em sua casa, no Campo Limpo, e prometeu revogar o contrato com a Enel.
“São dois grandes responsáveis: a Enel, que presta um serviço horroroso e eu, como prefeito de São Paulo, vou trabalhar para tirar ela daqui. E o Ricardo Nunes, porque não fez o básico, a lição de casa: poda de árvore”, disse Boulos.
“E olha que a gente teve um apagão há menos de um ano, e nada foi feito. A cidade está refém dessas duas incompetências: da Enel e do prefeito”, acrescentou o deputado.
O psolista afirmou que sua eventual gestão irá investir em zeladoria, no uso de satélites para monitorar a saúde das árvores e em melhorias no serviço 156.
Em resposta, Nunes disse que “ataques não resolvem nada” e jogou a responsabilidade para a Enel e do governo federal.
“Realmente [o apagão] é algo muito triste, que deixa a gente profundamente magoado. É inaceitável o que essa empresa Enel tem feito com São Paulo. É inaceitável que o governo federal, que detém a concessão, que detém a fiscalização, não tenha feito nada. Eu fui até Brasília pedir a rescisão do contrato. Fui ao presidente do TCU, tive várias reuniões na Aneel. Infelizmente não houve nenhuma ação. Nós não podemos permitir mais a Enel em São Paulo”, declarou o emedebista.