O estado de São Paulo enfrenta, durante este sábado (12), um cenário de caos energético, com 1,45 milhão de moradores sem eletricidade, superando até mesmo o estado da Flórida, nos Estados Unidos, que foi atingido recentemente pelo furacão Milton, de categoria 3, e uma série de tornados. Com informações da Metsul.
De acordo com a empresa privada de energia Enel, a interrupção no fornecimento representava cerca de 18% de seus clientes na região metropolitana. Via comunicado a um cliente, a companhia informou que ele pode ficar até segunda-feira (14) sem abastecimento.
Na Flórida, no mesmo horário, o número de clientes sem luz era ligeiramente inferior ao de São Paulo, totalizando 1,4 milhão, conforme dados do site de monitoramento norte-americano Poweroutage.us. Durante o pico da tempestade nos Estados Unidos, mais de 4 milhões de pessoas chegaram a ficar sem energia no estado, mas os números caíram progressivamente à medida que o serviço foi restabelecido.
A Enel classificou o temporal que atingiu São Paulo na sexta-feira (11) como um “evento climático extremo”, destacando que a força da tempestade causou o desligamento de 17 linhas de alta tensão.
“Até a manhã de hoje, cinco dessas linhas já tinham sido restabelecidas”, informou a empresa. Além disso, 11 subestações foram desligadas no auge da crise, mas oito delas já voltaram a operar normalmente.
Logo após o temporal, na noite de sexta-feira, o número de clientes sem energia em São Paulo chegou a 2,1 milhões. Na manhã de sábado, a situação havia melhorado para 650 mil clientes, mas ainda estava longe da normalização completa.
As áreas mais afetadas incluíram as zonas Oeste e Sul da capital, além de municípios como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema.
A Enel explicou que as fortes rajadas de vento entraram pela zona Oeste de São Paulo e se deslocaram em direção à zona Sul, onde houve o maior número de danos. Na zona Sul, na estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em SESC-Interlagos, foi registrada uma rajada de vento de 107 km/h no início da noite de sexta-feira, exemplificando a gravidade do evento climático.
O impacto do temporal, que deixou ruas bloqueadas por árvores e semáforos fora de funcionamento, gerou críticas à Enel pela demora no restabelecimento da energia.
A concessionária, no entanto, reforçou que o volume de ocorrências e a gravidade dos danos causados às redes elétricas dificultaram uma resposta mais rápida. “Estamos com equipes trabalhando ininterruptamente para resolver o problema o mais rápido possível”, afirmou a empresa em nota.
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